quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Apenas meu Amante



CAPÍTULO 1 
Não tinha o aspecto que ele esperava. 
Jillian descrevera-a com pêlos e sinais, mas era-lhe difícil imaginar que aquela criatura esbelta e pálida que o olhava do outro lado do balcão fosse uma sedutora perversa e egoísta. - Deseja alguma coisa? 
A sua voz era atraente, baixa e um pouco rouca. Interrogou-se sobre se seria do tipo de mulheres que gemiam de prazer ou se sussurraria palavras de alento ao ouvido de Richard. Em qualquer dos casos, não entendia por que é que o seu cunhado se interessara por uma mulher tão pouco vistosa. Normalmente, o seu gosto era muito diferente. 
- Ah, sim. 
Patrick olhou rapidamente à sua volta e apercebeu-se de que era o único cliente da loja. Passara tanto tempo a observá-la que os restantes clientes tinham terminado de fazer as suas compras. 
Lembrou-se rapidamente da desculpa que inventara ao entrar. Vira um colar de caracóis na montra e parecera-lhe ser um objecto adequado para escolher. 
- Caracóis - disse rapidamente. 
- Caracóis? - repetiu ela, num tom agradável. - O senhor é coleccionador de caracóis? Interessa-se por caracóis no seu estado natural ou prefere os objectos elaborados? Têm tido muita saída. 
O quadro que ela lhe mostrou provocou-lhe pele de galinha. Era uma composição feita com caracóis pequenos colados a uma tábua de madeira. Parecia o trabalho de uma criança em idade escolar. Não conseguia entender como é que aquilo podia ter tanta saída. 
Não, queria um colar - informou, olhando para trás. - Está na montra. Pensei que a minha sobrinha haveria de gostar dele. 
”Apesar de nunca poder dar-lho”, pensou. Jillian ficaria furiosa se ele aparecesse com um colar comprado na loja daquela mulher. No entanto, tinha a certeza de que Susie ficaria encantada, mas aos olhos da sua irmã seria uma traição. Além disso, existia sempre a possibilidade de que Richard o reconhecesse e Jillian preferia que o seu marido não descobrisse nada. 
- Ah, sim, já sei de qual é que está a falar. 
com um sorriso, rodeou o balcão e aproximou-se da montra. 
Patrick reparou que caminhava com passo muito gracioso para a sua considerável altura. As suas ancas moviam-se de forma rítmica, de um lado para o outro. Tinha o cabelo liso, apanhado numa trança castanha que atingia a altura das omoplatas. Era quase da mesma cor dos seus olhos, apesar de ter sobrancelhas mais escuras. 
Quando ela se inclinou para apanhar o colar, ele viu que debaixo da saia longa usava umas botas de cordões, que pareciam mais adequadas para o campo do que para uma loja. Claro, se Richard se sentira atraído por ela, não fora pela sua maneira de vestir. 
- Aqui tem - disse, estendendo o colar. 
Apesar de tentar não gostar dela, tinha que reconhecer que aquela mulher possuía um certo encanto. A sua roupa larga não conseguia esconder toda a sensualidade do corpo feminino. 
- Obrigado.
- É o último - informou a vendedora. - Acho que as pessoas compram-nos sobretudo para crianças. Como pode ver, não é um fio muito comprido. 
-Sim. 
Patrick sentia-se atónito. Estava habituado a dominar todas as situações, mas daquela vez sentia-se em desvantagem. Pensou que se devia ao ambiente desconhecido e àquela jovem que não parecia nada uma promíscua devoradora de homens, tal como a sua irmã a descrevera. Lembrou-se que, por vezes, as aparências enganavam. 
- Gosta? 
Aquela pergunta desconcertou-o e a sua reacção pô-lo nervoso. Nem sequer era bonita e, com aquela roupa, ninguém olharia para ela. No entanto, por algum estranho motivo, não conseguia tirar os olhos de cima daquela mulher. 
- É muito bonito - respondeu. 
- Concordo. Os caracóis são lindos. Adoro este tom cor de rosa. Seria impossível fazer este tom de forma artificial. 
- Mmmm... 
Patrick não queria desfazer-se em elogios sobre o colar, pois isso apenas faria com que lhe custasse mais desfazer-se dele. No final de contas, não fora admirar a mercadoria daquela mulher; fora ali para tentar descobrir o que é que ela queria de Richard. Na opinião de Jillian, devia ter um preço. As amantes do seu marido deixavam-se sempre comprar. 
- Não gosta? 
Virou a cabeça para olhá-lo e Patrick teve que se conter para não a beijar. Queria provar os seus lábios carnudos, acariciar os seus pronunciados pómulos... Respirou fundo ao aperceber-se da reacção contida sob o fecho das calças. Não sabia o que se passava

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Apenas meu Amante



CAPÍTULO 1 
Não tinha o aspecto que ele esperava. 
Jillian descrevera-a com pêlos e sinais, mas era-lhe difícil imaginar que aquela criatura esbelta e pálida que o olhava do outro lado do balcão fosse uma sedutora perversa e egoísta. - Deseja alguma coisa? 
A sua voz era atraente, baixa e um pouco rouca. Interrogou-se sobre se seria do tipo de mulheres que gemiam de prazer ou se sussurraria palavras de alento ao ouvido de Richard. Em qualquer dos casos, não entendia por que é que o seu cunhado se interessara por uma mulher tão pouco vistosa. Normalmente, o seu gosto era muito diferente. 
- Ah, sim. 
Patrick olhou rapidamente à sua volta e apercebeu-se de que era o único cliente da loja. Passara tanto tempo a observá-la que os restantes clientes tinham terminado de fazer as suas compras. 
Lembrou-se rapidamente da desculpa que inventara ao entrar. Vira um colar de caracóis na montra e parecera-lhe ser um objecto adequado para escolher. 
- Caracóis - disse rapidamente. 
- Caracóis? - repetiu ela, num tom agradável. - O senhor é coleccionador de caracóis? Interessa-se por caracóis no seu estado natural ou prefere os objectos elaborados? Têm tido muita saída. 
O quadro que ela lhe mostrou provocou-lhe pele de galinha. Era uma composição feita com caracóis pequenos colados a uma tábua de madeira. Parecia o trabalho de uma criança em idade escolar. Não conseguia entender como é que aquilo podia ter tanta saída. 
Não, queria um colar - informou, olhando para trás. - Está na montra. Pensei que a minha sobrinha haveria de gostar dele. 
”Apesar de nunca poder dar-lho”, pensou. Jillian ficaria furiosa se ele aparecesse com um colar comprado na loja daquela mulher. No entanto, tinha a certeza de que Susie ficaria encantada, mas aos olhos da sua irmã seria uma traição. Além disso, existia sempre a possibilidade de que Richard o reconhecesse e Jillian preferia que o seu marido não descobrisse nada. 
- Ah, sim, já sei de qual é que está a falar. 
com um sorriso, rodeou o balcão e aproximou-se da montra. 
Patrick reparou que caminhava com passo muito gracioso para a sua considerável altura. As suas ancas moviam-se de forma rítmica, de um lado para o outro. Tinha o cabelo liso, apanhado numa trança castanha que atingia a altura das omoplatas. Era quase da mesma cor dos seus olhos, apesar de ter sobrancelhas mais escuras. 
Quando ela se inclinou para apanhar o colar, ele viu que debaixo da saia longa usava umas botas de cordões, que pareciam mais adequadas para o campo do que para uma loja. Claro, se Richard se sentira atraído por ela, não fora pela sua maneira de vestir. 
- Aqui tem - disse, estendendo o colar. 
Apesar de tentar não gostar dela, tinha que reconhecer que aquela mulher possuía um certo encanto. A sua roupa larga não conseguia esconder toda a sensualidade do corpo feminino. 
- Obrigado.
- É o último - informou a vendedora. - Acho que as pessoas compram-nos sobretudo para crianças. Como pode ver, não é um fio muito comprido. 
-Sim. 
Patrick sentia-se atónito. Estava habituado a dominar todas as situações, mas daquela vez sentia-se em desvantagem. Pensou que se devia ao ambiente desconhecido e àquela jovem que não parecia nada uma promíscua devoradora de homens, tal como a sua irmã a descrevera. Lembrou-se que, por vezes, as aparências enganavam. 
- Gosta? 
Aquela pergunta desconcertou-o e a sua reacção pô-lo nervoso. Nem sequer era bonita e, com aquela roupa, ninguém olharia para ela. No entanto, por algum estranho motivo, não conseguia tirar os olhos de cima daquela mulher. 
- É muito bonito - respondeu. 
- Concordo. Os caracóis são lindos. Adoro este tom cor de rosa. Seria impossível fazer este tom de forma artificial. 
- Mmmm... 
Patrick não queria desfazer-se em elogios sobre o colar, pois isso apenas faria com que lhe custasse mais desfazer-se dele. No final de contas, não fora admirar a mercadoria daquela mulher; fora ali para tentar descobrir o que é que ela queria de Richard. Na opinião de Jillian, devia ter um preço. As amantes do seu marido deixavam-se sempre comprar. 
- Não gosta? 
Virou a cabeça para olhá-lo e Patrick teve que se conter para não a beijar. Queria provar os seus lábios carnudos, acariciar os seus pronunciados pómulos... Respirou fundo ao aperceber-se da reacção contida sob o fecho das calças. Não sabia o que se passava

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