sábado, 5 de janeiro de 2013

Promessas em vão



A noiva foi recebida com uma salva de palmas.
 O salão de festas estava lotado. Dezenas de pessoas aglomeravam-se para ver de perto lady Eleanor de Tressail, que acabava de casar-se com Joss Wycliffe.
 Eram um par perfeito. Pareciam ter sido feitos um para o outro: a última descendente de uma tradicional família da nobreza e um dos mais bem-sucedidos homens de negócios do país. 
Mas a noiva não se sentia feliz. Ali mesmo, na recepção, uma convidada tirava seu sossego: a amante de seu marido!


Trecho do livro:

Como testamenteiro de Hugo de Tressail, Joss tinha pleno conhecimento das finanças do velho. Era estranho como o avô confiara nele, parecendo, nos últimos meses de vida, extrair sua força presença e amizade de Joss.

Nell chegara a sentir-se enciumada, depois compreendera que Joss era diferente. Ele era homem. Durante os últimos meses de a do avô, aparecia de duas a três vezes por semana para jogar xadrez na biblioteca.
Apenas uma semana antes de sua morte, ainda rindo com o que Joss lhe contara sobre ter falsificado a data de nascimento em sua identidade para correr o mundo num navio cargueiro, sir Hugo comentara que o amigo tinha a mesma personalidade do primeiro de Tressail. Um homem que fazia as próprias regras. Um pouco ­avesso as formalidades, talvez, mas obstinado o suficiente para conseguir o que queria. "Gosto dele", dissera o avô, como que esperando que Nell discordasse.
Agora, a afirmação de Grania de que Joss não aprovava o que fazia para arrecadar dinheiro deixara Nell furiosa.
- Pois bem, se ele não gosta, azar dele! - exclamou Nell em alta. - Easterhay me pertence, e o que faço ou não com a propriedade é problema meu e de mais ninguém. Especialmente alguém como Joss Wycliffe - acrescentou, furiosa.
- Infelizmente isso não é verdade.
A voz masculina, fria e controlada, a fez voltar-se para a porta, chocada, com a mão na garganta numa atitude de auto-proteção.
- Joss... Não ouvi você entrar - gaguejou, sentindo o rubor subir-lhe às faces...


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Promessas em vão



A noiva foi recebida com uma salva de palmas.
 O salão de festas estava lotado. Dezenas de pessoas aglomeravam-se para ver de perto lady Eleanor de Tressail, que acabava de casar-se com Joss Wycliffe.
 Eram um par perfeito. Pareciam ter sido feitos um para o outro: a última descendente de uma tradicional família da nobreza e um dos mais bem-sucedidos homens de negócios do país. 
Mas a noiva não se sentia feliz. Ali mesmo, na recepção, uma convidada tirava seu sossego: a amante de seu marido!


Trecho do livro:

Como testamenteiro de Hugo de Tressail, Joss tinha pleno conhecimento das finanças do velho. Era estranho como o avô confiara nele, parecendo, nos últimos meses de vida, extrair sua força presença e amizade de Joss.

Nell chegara a sentir-se enciumada, depois compreendera que Joss era diferente. Ele era homem. Durante os últimos meses de a do avô, aparecia de duas a três vezes por semana para jogar xadrez na biblioteca.
Apenas uma semana antes de sua morte, ainda rindo com o que Joss lhe contara sobre ter falsificado a data de nascimento em sua identidade para correr o mundo num navio cargueiro, sir Hugo comentara que o amigo tinha a mesma personalidade do primeiro de Tressail. Um homem que fazia as próprias regras. Um pouco ­avesso as formalidades, talvez, mas obstinado o suficiente para conseguir o que queria. "Gosto dele", dissera o avô, como que esperando que Nell discordasse.
Agora, a afirmação de Grania de que Joss não aprovava o que fazia para arrecadar dinheiro deixara Nell furiosa.
- Pois bem, se ele não gosta, azar dele! - exclamou Nell em alta. - Easterhay me pertence, e o que faço ou não com a propriedade é problema meu e de mais ninguém. Especialmente alguém como Joss Wycliffe - acrescentou, furiosa.
- Infelizmente isso não é verdade.
A voz masculina, fria e controlada, a fez voltar-se para a porta, chocada, com a mão na garganta numa atitude de auto-proteção.
- Joss... Não ouvi você entrar - gaguejou, sentindo o rubor subir-lhe às faces...


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