07 Lua de Mel a Três
Slade Reeden olhou rapidamente a lista de compromissos daquele dia e franziu a testa, intrigado.
— Cory Haines?— ele perguntou a sua secretária. — Quem é? Outro político querendo dinheiro? Se for, está sem sorte hoje.
— Cory Haines é uma mulher, sr. Reeden. É dona de uma firma de paisagismo aqui na cidade.
— O que ela quer?
— Não me adiantou o motivo da visita, mas foi bastante insistente para conseguir uma hora marcada assim que possível.
Ela iria pedir alguma coisa como todo mundo. Esse era um dos problemas do sucesso. Desde que Slade ganhara o prêmio internacional pela arquitetura do centro da cidade de Chicago, corretores, burocratas e arquitetos o perseguiam dia e noite.
Seus olhos ardiam, pois não havia dormido bem na noite anterior. Não tinha vontade alguma de trabalhar, com aquele tempo chuvoso e com neve, apesar de já estarem em março, início da primavera. Halifax, capital da Nova Escócia, era uma bela província no litoral leste do Canadá, com clima constantemente frio.
A sra. Minglewood observou-o com simpatia. Gostava de trabalhar para o sr. Reeden em suas raras visitas ao escritório da firma em Halifax. Ele era uma pessoa de bom temperamento e a tratava com consideração. Além disso, era extremamente atraente. Nem mesmo os velhos astros de cinema do seu tempo, que tanto admirava, tinham o charme de Slade Reeden. Seria difícil achar alguém mais sedutor que ele.
O relógio marcava duas horas da tarde quando a porta do elevador se abriu. Uma jovem se aproximou da mesa da sra. Minglewood e falou, com voz agradável:
— Meu nome é Cory Haines. Tenho uma hora marcada com o sr. Reeden.
A sra. Minglewood olhou-a com admiração. Aquela mulher era exatamente do que o sr. Reeden precisava naquele dia chuvoso! Cory era uma linda jovem.
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